Friday, July 5, 2013

O que o Brasil precisa é de mais um Ministério

Convenhamos, os governos brasileiros, sejam de qual matiz, têm uma grande proclividade, quase uma intestina necessidade de criar ministérios às pencas. E digo mais, MAXIstérios, pois de mini nada têm. Que eu me lembre, por incrível que pareça, só o Caçador de Marajás diminuiu o número de ministérios do seu governo, dizimando-os com um único e certeiro golpe à bordo de potentes Ferraris e caças da FAB.

Sendo assim, chega-se à conclusão de que o brasileiro, de modo geral, se amarra num ministério. Ministério e canetas. Pois com canetadas muitas soluções são dadas. Alguns mais cínicos diriam que são criados problemas pelas canetas, porém eu não sou cínico, sou como a Velhinha de Taubaté, e tenho convicção de que as canetas são nossas amigas. Não os lápis - estes são falsos amigos, escrevem, porém o que escrevem pode ser facilmente apagado.

Diz também a sabedoria popular que no Brasil tudo termina em pizza. Ou seja, desde as grandes às pequenas decisões terminam com alguém discando o número de uma pizzaria para "delivery" ou então se locomovendo para uma animada pizzaria.

Ocorre que a pizza, enquanto instituição nacional, tem sido desrespeitada. Primeiro, o preço. Pelo menos em São Paulo, a pizza já teve dias mais humildes. Hoje não é difícil encontrar pizzas de 50 ou mais reais. Já ouvi falar de pizzas de 100 reais, vejam só. Um aburdo! De que adianta aumentar o  salário mínimo,  ao mesmo tempo em que o preço das pizzas sobe além do Pico da Neblina? O coitado do cara que ganha pouco não pode tomar nenhuma decisão séria na vida, pois não tem grana para a pizza, e as Casas Bahias não vendem pizza a crediário.

Houve época em que a até a gurizada podia comprar uma pizza após a pelada. Hoje, só mesmo  o Neymar pode arcar com o fabuloso custo da pizza para todos, a pizza comunitária.

Lembremos também que ainda por cima, é a pizza uma das principais receptoras do tomate, o criminoso mor da nação.

Depois, tem os arrastões. Muitos deles têm acontecido em pizzarias, provavelmente onde estão sendo tomadas decisões que norteiam os destinos da nação. Não sei se isto ocorre nas pizzarias de Brasília, mas tem ocorrido com uma preocupável frequência nas pizzarias de São Paulo, onde afinal de contas, rola a grana do país. E onde rola a grana, rolam as decisões, não se iludam.

Isto posto, me parece que temos que colocar ordem na pizza brasileira. Ordem e progresso, diria mais. Não basta colocar muzzarela e orégano.

O Brasil precisa do Ministério da Pizza, não só para regulamentar os preços da pizza, como patrulhar as pizzarias e garantir a paz daqueles ambientes nos quais se decidem as nossas mais profundas questões. A pizza precisa continuar a ser acessível a todas as classes sociais, é o fulcro da nossa democracia. De nada adianta um diploma das Faculdads Anhanguera, sem pizza! Precisamos já da BOLSA PIZZA. Se a pizza ficar comprometida no Brasil, não temos futuro como sociedade. A pizza é parte essencial da nossa evolução e perto da pizza o pré-sal é pinto.

Não tenho dúvidas de que uma vez criado, o Ministério da Pizza se tornará o mais importante dos nossos bravos Ministérios, e de que uma vez regularizada a questão da Pizza, nosso país entrará nos eixos, a marolona vira marolinha, o pibinho, pibão, o dólar não sobe nunca mais, e até o Eike Batista volta a ganhar grana.

Wednesday, July 3, 2013

Armações

A armação é o único setor em aberto na seleção brasileira para a Copa de 2014? Perguntou um dos jornais paulistas numa enquete hoje. 

Disse eu: Há quem diga que é TUDO armação...

Não sou eu dizendo que há armação em tudo, são os outros. Eu sou como a Velhinha de Taubaté, acredito em tudo, em todos, o tempo todo.   

Daí um amigo escreveu no meu Facebook, onde postei a simpática pergunta e meu humilde comentário, que eu deveria tomar um café.

Justo hoje. Ontem não vi que faltava pó de café, e voltei para casa desabastecido. Aliás, ter tinha, mas só um pouquinho, aí improvisei. Juntei o pouco que tinha com o café passado ontem, e tomei. Foi um péssimo começo de dia. O café estava horrível, horripilante, de deixar os cabelos arrepiados. Só não ficaram arrepiados por que uso peruca. Aquele café do começo do dia certamente não me faria evitar um azedume que perdurou o resto da manhã e da tarde, e certamente permanecerá durante a noite.

Daí pensei. De repente vou perguntar para o Felipão, que apesar dos seus recentes fracassos no Palmeiras,  pegou um selecionado que não estava jogando nada, e de repente os caras começam a ganhar tudo. Inclusive, quase goleiam a seleção campeã mundial!!! Tudo sem armação alguma! Certamente o Felipão sabe como transformar um café ferreca, fraco, feito com sobras do dia anterior em um café vistoso, cheiroso, gostoso como a nossa seleção canarinho atual...

Daí lembrei. O Felipão deve entender só de chimarrão, e não de café. 

Voltou o mal humor.