Sunday, July 6, 2014

Hora de fazer algumas mudanças

Vou ser sincero. Nunca engoli a vitória do Brasil na Copa de 94. Foi uma vitória meia-boca. Essa coisa de ganhar nos pênaltis nunca me agradou. Tenho certeza de que foi o trauma da decisão por pênaltis do campeonato paulista de 1973, que me crriou esta aversão, aprofundada com a nossa Copa meia-boca - de longe a mais fraca conquista do Brasil em Copas, que me desculpe o Ilmo. Sr. Dr. Deputado Romário e Cia Limitada.

Sendo assim, haja vista a proliferação de decisões por pênaltis nesta Copa (uma das quais inclusive favoreceu o Brasil), acho que já é hora de acabar com esta palhaçada. Para mim, decisões por pênaltis são tão "emocionantes" quanto o uso de safety car e pitstops na F1.

Isto posto, tenho algumas sugestões, que muitos vão achar horrríveis, coisa de louco que nunca jogou futebol, etc. Divirtam-se.

Primeiro, nada de decisão por pênaltis. Chega. Encheu! Há no banco um plantel completo de jogadores. Que se expanda as prorrogações até alguém marcar, permitindo quantas alterações forem necessárias durante as prorrogações (inclusive volta de jogadores descansados). Sendo assim, acaba com certeza vencendo o plantel mais forte e melhor preparado. Com morte súbita. Alguns hão de dizer, um jogo de futebol não pode ir além de 150 minutos, tem a TV, etc. Para começo de conversa, a lenga-lenga dos pênaltis toma quase meia hora, portanto, o argumento temporal é falho.

Em outras palavras, decisões por pênaltis não provam nada. Estudem a carreira de diversos jogadores importantes, e verão que pênalti não é gol certo, muitos jogadores, inclusive o Neymar e Pelé, já perderam pencas de pênaltis. Infelizmente, é bem capaz que esta Copa seja, novamente, decidida desta forma.

Segundo, uma proposta controversa. Meio gol por bola na trave! Ok, o gol, o objetivo do futebol é a bola dentro, etc. Em tese, há muito mais área dentro do gol do que superfície de trave, portanto, alguns poderiam achar que acertar a trave é mais difícil. Convém notar que para acertar dentro do gol, o jogador tem que mirar na trave. sendo assim, a bola na trave não é falta de habilidade, e sim, boa pontaria, tem que valer algo. Óbvio que se eventualmente a bola entrar após bater na trave, o meio ponto não vale. Para não usar metades, o gol pode valer dois pontos, a bola na trave um ponto, assim não teremos scores esquisitos como 3,5 x 2,5.  

Chega de impedimento. Sei que o impedimento supostamente existe para coibir a retranca, blá-blá-blá, mas na realidade, este artifício cria retranca na forma de um feio jogo embolado no meio de campo, com chutões e paradas a cada dois minutos. Se for para embolar, que se embole nas áreas, é muito mais divertido (e podem ocorrer pênaltis, que durante o jogo são emocionantes). Ontem tanto a Costa Rica quanto a Argentina abusaram do impedimento, e o resultado foi uma quarta de final com pouquíssimos gols. Na realidade, o Brasil com seu pífio ataque foi o artilheiro das quartas de final, com dois gols (marcados por zagueiros)!

Sim, estou propondo uma revolução. Os tradicionalistas vão querer me mandar para forca. Porém, convém lembrar que antigamente não se admitiam substituições em jogos, hoje aceita-se. Para os puristas na época, a substiuição era coisa de louco, coisa de maricas, homem viril joga até morrer!

Se for para mudar o espetáculo, que seja com um verdadeiro show, não com artifícios ou tintas para marcar a linha da barreira.

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