Friday, June 28, 2013

Besteiras na mídia

Gosto do Evandro Mesquita. Gostava da Blitz. Tinha aquela pegada engraçada, captou bem uma certa época do Rio de Janeiro, com as meninas cantando, rebolando e fazendo bocas e caras. Parecia um pouco demais o B 52's de Altanta em estrutura, embora não musicalmente, porém, tinha sua identidade própria e marcou época.

Se o Mick Jagger não acha ridículo rebolar como se ainda tivesse seus 20 anos, e já está com quase 70, imagino que Evandro, que é muito mais novo do que o inglês tenha lá seu direito de reviver a sua época de mocidade 30 e poucos anos depois. E não mudou muito de aparência, desde a época em que grupo que lhe deu fama estava na ativa.

Pois assisti recentemente um DVD de um show atual da Blitz. Super legal. Aquela coisa de sempre, Evandro cantando a parte principal, e as backings...bem, as backings fazendo backing vocals. Quase nunca as meninas cantavam a parte principal.

Numa música na qual o vocal principal era das meninas, "Era um biquini amarelinho", o Evandro (ou algum outro gênio musical) vai e convida justo quem, a Ivette Sangalo e aquele vozeirão de Noriel Villela para cantar a música!! A graça toda da canção era a vozinha fininha, quase infantil e debochada, usada pela Fernanda Abreu e outra cujo nome esqueci. Com a Sangalo ficou simplesmente ridículo. Meio que nem colocar o Pavarotti cantando músicas do João Nogueira...

Agora, pensa no seguinte. O tal do Marcelo Rezende. Quem o cara quer enganar? Ele fala mansinho, com aquela voz de mineirim contando causo com capim na boca, entretanto, segundo as fontes da Internet, o cara nasceu no Rio de Janeiro!!!! Sem contar que às vezes parece que se esquece do mineirês, e fala com uma bela, retumbante e sonora dicção de um locutor de rádio! Consistência, meu, pelo menos seja consistente se quer fazer um personagem.

Quanto às novelas da Record. Francamente...é verdade que as novelas da Globo já viram melhores dias. Estou vendo o Bem-Amado de 40 anos atrás em DVD, rolando de rir, roupas coloridíssimas. É bem verdade que a novela era ambientada na Bahia, e aparentemente só o Odorico Paragurassu e alguns outros tinham o sotaque do local...O resto usava um forte carioquês de Ipanema sem qualquer pejo. Tudo bem, eram outros tempos, de repente a censura não gostava de muito sotaque. Porém, as novelas atuais da Record...Se é assim que o Bispo Macedo pretende sobrepujar a Globo, está perdido, ainda tem muito trabalho pela frente. De modo geral, a qualidade da dramaturgia é bem fraca na Record, tudo muito exagerado e forçado. Só pode ser culpa dos diretores ou os atores são muito capengas mesmo.

Vou me meter no território dos 3 Porquinhos, que me desculpem. O Lobão no seu manifesto escrito, parece querer ser tudo para todos. Ou o oposto do que pensam que é. Roqueiro que aprecia Jane e Herondy, bem lido, que usa vocábulos difíceis com desenvoltura, e um grande intelectual da direita brasileira. Também disse, aqui e acolá, que nada tem contra religiosos honestos. Não define o que vem a ser religioso honesto, ou desonesto. Fica claro que não gosta da Assembleia de Deus, sempre se refere à mesma com um pé na frente e outro atrás. Entretanto, a maior gafe cometida pelo nosso star de ronquenrou, foi dizer que em Manaus, quando passou na rua, um grupo de evangélicos horrorizado com a sua presença, começou a fazer o sinal da cruz para espantá-lo dali. Na sua ânsia de vomitar seu óbvio preconceito, Lobão demonstra sua ignorância em temas religiosos (também demonstrada em diversas outras áreas): evangélicos não fazem o sinal da cruz, Lobão. Católicos fazem o sinal da cruz.

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